terça-feira, abril 27, 2010

?

Cada vez mais, pouco a pouco, me aproximo mais de quem sou na realidade, dando pequenos passos na direcção de mim mesma, correndo para alcançar esse objectivo que cada vez mais me parece alcançável. Aprendendo com os meus erros e errando para aprender, tento que todas as experiências me ajudem a crescer de alguma forma, tornando-se uma ou mais peças no meu ser ainda em construção.


just a few lines

sábado, abril 24, 2010

Rita


Parabens Gorda, depois escrevo um bocadinho mais, mas agora tenho de te ir buscar ao cabeleireiro.

Listas e mais listas

Tarefas para hoje
  • Arrumar quarto (esta parece aparecer sempre!)
  • Organizar latas e casaco para amanhã
  • Limpar quarto
  • Esticar o cabelo
  • Prenda da Rita
  • Estender roupa
  • Lavar roupa escura.
  • Limpar WC
Tarefas para amanhã
  • Organizar o caderno de japonês
  • Passar dicionário de termos para o caderno
  • Rever russo
  • Passar para PC gramática e vocabulário russo.
Compras (para fazer nos próximos tempos)
  • Base (quando esta acabar)
  • Unhas (para ver se paro de roer as minhas)
  • Pestanas (simples e naturais)
  • rimel (em condições)
  • Pasta de dentes
  • Sutien (um assério pôxa)
Para breve (esta semana!)
  • Depilação
  • Natação
  • Tratamentos
  • Dieta (Tem de seeerr!!)

C




Moon river and me.




terça-feira, abril 20, 2010

Empregos e trabalhos

Hoje em dia uma pessoa pode escolher ser tudo o que quiser. Recebemos informação de vários empregos e trocamos entre eles como quem troca de calças. O que procuramos nos empregos e nas novas oportunidades? Satisfação pessoal ou valorização monetária? Procuramos um bom empregador ou ser um bom empregado? Procuramos saltar de trabalho em trabalho ou apenas procuramos algo que nos valorize de todas as formas possíveis e imaginárias?
Em suma: Quando procuramos uma oferta, procuramos um emprego ou um trabalho?

segunda-feira, abril 19, 2010

In the waiting line


E é no meio da noite que maiores dores tenho no peito.
É preciso eu desaparecer para entenderes o meu verdadeiro valor. Mas depois choras, que não disseste tudo o que tinhas para dizer, como sempre. E é isso que eu acho irónico.


E é isso que me magoa, além de tudo o resto que me dizes.

E que eu não quero acreditar.

I'm only in the waiting line, you're keeping me there.

Amores russos


Vim só postar esta foto, porque às vezes o bebé faz-me sentir assim. Entretanto ainda ando a trabalhar como nunca fiz e a tentar desembaraçar a cabecinha da complicação que é o jeitoso do russo. Enfim, vai-se indo.

segunda-feira, abril 12, 2010

first day

O trabalho não é difícil, interessante e faz-me sorrir. Mas ainda não me habituei a esta rotina, que me estafa como se tivesse sido atropelada por um camião enorme. Ai e espero que as pessoas me dêm uma chance de ser tão boa como acho que sou a trabalhar, estão tão habituadas a outros métodos que só posso esperar que elas se abram um bocadinho para mim. Suspiro..

domingo, abril 11, 2010

Exercise

Isto é o que eu preciso de fazer. Mas sinto-me mesmo mesmo assim.
Bah



sexta-feira, abril 09, 2010

...

I have got to escape as fast as I can. I am so tired of this

Movies, April


Vi alguns filmes recentemente, e como não tenho falado deles, acabo por me esquecer de os listar. Deixo os nomes aqui abaixo e uma pequena review.


Notorious
Gostei bastante. Tenho algum amor ao hip hop e achei que foi muito bem capturado bibliograficamente. Adorei a história, a música e a realidade destas guerras East VS Weast que nós (graças a Deus) não temos.

Spread
Demasiado sexo, filme sem moral no final. Viu-se mas também não me marcou.

Everybody's fine
Gostei da representação de De Niro (esse grande senhor) mas achei o filme demasiado parado, demasiado.. óbvio quase.

Jumanji
Old school and still rockin. Adoro adoro adoro, está já na minha pasta de filmes que são sempre importantes. Lembro-me de ver aquilo quando era imensamente nova, e ainda hoje me traz recordações.

Matilda
Quando era mais nova, queria ser como a Matilda, ter os seus poderes e sentir o amor que ela tem com a leitura. Adoro o filme e é mais um para guardar na pasta dos "de sempre".

The invention of lying
O conceito é interessante mas de alguma forma, um pouco expectável. Não só não me admirou o final como estava à espera de mais. Deviam ter aprofundado mais este conceito de "não mentir".

Valentine's day
Óbvio, cansado e apesar de ter uma quantidade louca de estrelas, não chegou ao céu.

quinta-feira, abril 08, 2010

Contradições


Tenho o peito cheio de sentimentos contraditórios.. Vou ter tantas saudades dos meus piolhinhos... Mas parece que desta é que é, segunda começamos um novo olhar sobre os dias.. Espero que corra tudo pelo melhor, inclusive até lá.


quarta-feira, abril 07, 2010

Minha criança.

Era apenas isso que eu precisava, ver como estavas, como vivias nestes dias. Cheguei e não me tocaste, disseste-me que estavas ao pé da tua mãe e lá ficaste todo o serão. Tentaste dormir mas sempre mal sucedido, como nas noites anteriores. Quanto tempo mais vais aguentar? Comeste "qualquer coisa", viste "qualquer coisa", murmuraste "qualquer coisa". Voltaste para o teu canto e lá ficaste, até sentires o peso da consciência de novo nos olhos que tentavam inutilmente fechar-se. Aproveitei para falar com a tua mãe e para te admirar, ela realmente cuida de ti como ninguém, ela olha por ti como se te fosse perder todos os dias e te quisesse manter perto dela, sempre. Fui contigo para te deitares, alimentei o Ghetto que não entende a tua falta de vontade, vive como se nada se tivesse passado na sua memória de pantera. Deitaste-te e tentei reconfortar-te. Não com palavras, mas com algumas festas para que conseguisse ouvir o teu respirar de sono, o teu respirar diferente de quando adormeces. Ele não veio e por mais que te afagasse o cabelo e o pescoço, por mais calor que te passasse e por mais mimos que desse, nada penetra para esse lugar escuro onde estás. Sei que valorizas o meu regaço mas ele não é suficiente para te tirar do lugarzinho onde te encontras, não é suficiente para te limpar os pensamentos e te fazer desabafar e tirar essa dor enorme que tens no peito. Ainda assim vou continuar sempre que possível a dar-te o meu calor, pode não salvar, mas espero que ajude de alguma forma a ultrapassar. Aos poucos, lentamente, espero sim.

segunda-feira, abril 05, 2010

Onde eu invejo a morte

Sabes o que é que eu odeio em mortes e funerais? É as pessoas vivas que aqui andam, ainda. Isso é o que mais odeio, é essa injustiça para com os que ainda caminham na terra.

Quando uma pessoa morre, paramos o nosso mundo, choramos pela sua perda, choramos por nunca mais a ver, choramos por não nos termos despedido, por não termos dito tudo o que queriamos, por faltar aquele carinho a mais, ou simplesmente por determinada pessoa não voltar a participar nas actividades que lhe estavam alienadas. Mas isso para mim, é injusto. É injusto e demasiado cínico. Puro e simplesmente porque na verdade, nós não queremos saber. Porque se quisessemos saber, valorizávamos todos os dias o que temos diante de nós. As pessoas (e eu incluída) não compreendemos ao certo como a vida é efémera. Não entendemos que, hoje estão todos de volta de nós, tudo o que queremos existe, há quem nos diga que nos ama, que nos adora e que nos protege. Mas amanhã pode já não estar. Sentimo-nos confiantes que tudo está garantido. Que amanhã alguém nos dirá o mesmo e nem nos preocupamos em retribuir. Nem nos preocupamos com os vivos. Nunca nos preocupamos com os vivos. Nunca temos grandes dores quando fazemos alguém chorar, quando preocupamos alguém ou quando não acariciamos naquele momento que faz toda a diferença. E pode não estar. É isso que eu odeio na morte. É isso que eu invejo na morte, é toda essa atenção que a vida não tem, que ninguém lhe dá, injustamente. Difícil é viver, morrer é fácil, é acabar, ir embora e deixar para trás a vida que todos levam de tristeza por termos ido. E isso é que deveria ser celebrado, isso é que deveria roubar toda a atenção e todos os sentimentos fortes. Em vez disso as pessoas canalizam sempre para a morte todos os sentimentos que têm, esgotando as suas energias, as suas forças, estas que deveriam ser gastas nos vivos, e não nos mortos.

E depois acontece um desastre, alguém vivo morre e volta o ciclo vicioso da tristeza e do enfatizar de sentimentos. Esquecem-se sempre que não disseram adeus, que não disseram o que as pessoas queriam ouvir, que não as fizeram sentir-se totalmente amadas ou que não lhes deram a atenção que deviam. E isso para mim, é apenas ser cínico. Porque não tratamos de felicitar e fazer sorrir os vivos, mas canalizamos tudo o que temos para os mortos, que nunca o vão conseguir sentir, que nunca o vão conseguir alcançar, puro e simplesmente porque (injustamente) já não estão.

domingo, abril 04, 2010

The day before the day

Speeches won't be made today, clocks will carry on
Flowers won't be left in parks, work will still be done
People won't be dressed in clack, babies will be born
No flags will fly, the sun will rise,
But we know that you are gone

You who love to love and believed we can never give enough

It wakes me every single night, thinking through the day
Did you stop at any time have doubts at any stage
Were you calm or were you numb or happy just to get it done
I've lived my life without regret until today

You who love to love and believed we can never give enough

I didn't get to say goodbye the day before the day
Was trying to get to work on time, that's why I turned away
And missed the most important thing you've ever tried to say
I've lived my life without regret until today

You who love to love and believed we can never give enough
And you who hoped that underneath we all felt the same
That was until the day before the day






é neste momento que sinto o nosso espaço maior e maior. e não consigo puxar-te para mim.

estas coisas tocam-me mesmo não sendo comigo, os meus pensamentos remexem todos e penso em todos os meus que já me foram roubados, e todos os que para lá caminham.. para essa realidade injusta, mas óbvia.

A merda da Páscoa

Sinceramente, a Páscoa foi exactamente o que se esperava. Uma merda. Podia descrever por exaustão o dia no entanto isso não faria sentido. Vou apenas tentar escrever qualquer coisa ao som de Coldplay. A Páscoa tal como grande parte dos feriados Nacionais e internacionais demonstra ser apenas mais um dia de promessas não cumpridas e momentos vazios de encontros em família, esta que nem provavelmente se liga para um simples cumprimento durante todo o ano. Sinceramente, o que me chateia mais na Páscoa é o facto de, pela falta de materialismo e relação com este feriado nacional, acaba por se diferir bastante do Natal, porque ao menos nesse dia as pessoas tentam redimir-se e agir correctamente (mesmo que apenas uma vez em todo o ano). Na Páscoa, as pessoas não tentam nada disso, não tiram a máscara da cara, a máscara de coelho branco e são exactamente aquilo que foram todo o ano.. A grande e real merda.

A minha Páscoa foi algo ligado a substituições. Inicialmente passávamos todos em minha casa, num grande almoço de cabrito e entradas caras. Agora as pessoas já não têm interesse a ir lá, já não há interesse o amor, na união ou apenas na visita. Ganharam-se novas vidas, criaram-se novas tradições e nem um telefonema foi feito, para relembrar os belos tempos de recepção naquelas 4 paredes, frias mas outrora quentes. Substituiu-se tudo o que se pôde: a minha avó foi substituida por uma estranha, a família longa por uma pessoa desesperada por atenção e companhia. As conversas de Páscoa ficaram perdidas em sonos de tarde, filmes de domingo e discussões anteriores. Não há tom que salve esta Páscoa, de substituições. Não há tom que consiga sobrepor-se a tudo o que aconteceu hoje, a todos os pensamentos que me passaram pela mente, a tudo o que se passou exterior ao corpo e à percepção.

Tento atingir-te, tento alcançar-te e não consigo mesmo. Quando acho que chego mais perto, sinto que não te consigo agarrar, a camisola foge-me e tu dás mais dois passos em frente. Fechas-te e não me deixas puxar-te para mim, para te afagar o cabelo, para te afagar o peito. Ficas assim tão longe como o horizonte na praia que tanto gostas, acabo por nem conseguir chegar a meio do mar e esticar a mão para apanhar essa linha ténue entre a sanidade e a insanidade do que sentes por mim. E com tudo a acontecer à tua volta, como podes deixar que te agarrem? Como podes acreditar que é algo para sempre quando tudo à tua volta acaba? Quando tudo te é roubado e quando todos partem sem razão que entendas? É complicado agarra-te porque cada vez mais a tua alma anseia pelo céu, que eu não te quero dar, pois esse céu é o que te vai tirar de mim. Não tenho histórias como as tuas para te contar, não tenho como te agarrar e cada vez mais o espaço entre nós me deixa a tremer por todos os lados. Por mim dava-te a mão e apagava da tua mente tudo o que te fez tão ligado ao céu, tudo o que te puxa para cima, para que a tua alma seja sugada para o meio das nuvens no meio do azul cintilante da noite, onde há outras estrelas e uma grande lua.

Acontecem coisas que eu nem sei como explicar. Nem sei dizer a razão para isto acontecer, para ser levado para fundo do mar alguém tão jovem, tão espirituoso e tão importante para aqueles que amamos. Acabo por ficar sem palavras (proeza que raramente possuo) e nunca sei o que dizer. Nunca sei o que pensar nem como reagir a estes roubos, estes assaltos a almas que vagueiam presas aos corpos que tão bem conhecemos. Como hei-de reagir, como hei-de falar, onde devo tentar tocar, de forma a alcançar a dor dos que tanto amam o ser roubado, o ser que deixou este espaço, que deixou de existir. Porque fisicamente, estes seres deixam de o ser, deixam de estar, acabam, terminam e deixam de consumir o ar que tanto sentimos nos pulmões. É-me sempre tão estranho quando alguém é roubado da alma, quando alguém foge sem se despedir, quando simplesmente ficamos a falar para algo vazio de interior. Fico sempre a pensar que, realmente sem alma, somos apenas bonecos comandados, somos apenas seres inexistentes, sem alma, sem nada. Somos apenas... Nada. E a nada regressamos.




Estes são os meus sentimentos de Páscoa. Não há escola que mos tire, amigos que me vejam e namorado que me entenda. Sinceramente, passam-se demasiadas coisas para eu ser o centro das atenções. Mas a verdade é que sou sempre o meu próprio centro de atenções.. Por muito que não o queira. Respiro fundo e caminho para mais um dia, mais uma semana, mais um mês e mais um ano de vida. The show must go on.



Páscoa


Esta Páscoa vai ser uma merda.
Mas eu depois conto.